30 dezembro, 2011

Primeiro Ato... e as cortinas se abrem

Penúltimo dia de 2011...

Devo confessar uma coisa, passa longe de ser superstição: tenho preconceito com números ímpares. E não consigo encontrar explicação para isso. Tenho.

Mais uma confissão: apesar de 2011 ter iniciado bem, com a presença do meu irmão e minha cunhada por aqui, passeios, etc, não dei muito crédito ao que poderia acontecer comigo neste ano. Talvez por ser número ímpar.

Porém, sinto minha língua meio dormente, parcialmente queimada...

O ano foi ímpar, com o perdão do trocadilho, por favor. Mas foi, sim. É possível que eu nunca tenha mudado tanto em poucos 365 dias, quanto aconteceu em 2011. Ouvi, por estes dias, alguém dizendo que eu deixei o casulo, e voei como uma borboleta... sinceramente, não sei se considero um elogio... Ok, risquei o sinceramente. É um elogio invertido, mas é.

Pensando bem, este alguém tem razão. Se me olhar no espelho físico, mudei. Se me olhar no espelho espiritual, mudei (não tanto quanto Deus gostaria, ainda). Se me olhar no espelho da alma, também mudei.

Passei por transformações que me quebraram... quebraram um passado que nem eu me lembrava, mas que me prendia... e me sinto mais livre do que um pássaro voando em um céu azul.

Porém, devo fazer mais esta confissão (que seja a última desse texto): reclamei muito... o suficiente até para que eu mesma ficasse enjoada de mim. Reclamei com pessoas, reclamei com Deus, reclamei comigo. RECLAMEI!

Talvez isso aconteça com todos (espero que sim), quando as coisas não saem como planejamos. E, na verdade, nada... absolutamente, nada do que planejei para este ano, aconteceu. Por isso, reclamei. Até perceber que foi melhor desse jeito.

Ah, como é difícil admitir isso!

"Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas", não é mesmo?!

Hoje, ao analisar o ano ímpar de meus preconceitos, chego a conclusões variadas e controvérsias: foi um ano bom, porém ruim; fiz ótimos amigos, talvez tenha perdido outros; deixei de ser desempregada, voltando ao lugar que não estava em meus desejos; gravei algumas músicas minhas, que não saíram do computador... e perdi tudo; me apaixonei, mas não fui correspondida; recebi perdão de Deus, e ainda não retribuí; para cada lágrima de alegria derramada, outra de tristeza; escrevi bons textos, porém pouquíssimos; compus músicas, não tão boas...

Alguns que lerão este texto (talvez os únicos), podem não compreender as minhas confissões aqui feitas, e tentarão me convencer do contrário... mas não se preocupem, não estou mais reclamando... é apenas um desabafo de um coração com alegre pesar (não tentem entender isso, porque já tentei)...

Com tudo isso, acredito estar preparada para sair da coxia e, finalmente, subir ao palco, porque vejo as cortinas se abrindo para o espetáculo "2012"... um número par, mas um novo ano ímpar.

Só mais uma confissão (dessa vez, prometo ser a última): meu versículo chave se encontra em um endereço ímpar (seria isso um sinal?!)...

Jeremias 29:11:
"Eu é que sei os pensamentos que tenho sobre você, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para te dar o fim que desejas."

Que venha o primeiro ato!

3 comentários:

Thaís Figueredo disse...

Ester, acho que eu nunca tinha vindo ao seu blog! Amei, apesar das controvérsias, rsrs. Ao fim do ano, Deus fez diferenças pra melhor na sua vida, então... Vamo lá! Que venha 2012, gata!
thais-bastos.blogspot.com

minifilhasara disse...

Reticências...
Não sei se acho isso só porque sou sua leitora inveterada; ou porque sou sua co-autora, logo, com perfil de uma "puxa-saco"... ou simplesmente porque gosto de tudo o que você escreve...vou ser redundante: Que texto!!!!
Antes que lesse o que você escreveu, filha, Deus já havia falado comigo sobre o que ele vai fazer neste ano na sua vida...aqueles tais,"pensamento de paz e não de mal..." que isso!! Eu creio, então, ame-o mais ainda; desejo-o mais ainda; obedeça-o mais ainda... e tudo o que ele planejou vai se cumpri. E se for o que você deseja, ou não, uma coisa eu sei, será mais que bom!
Feliz ano par, ímpar pra você, filha amada!
Ponto final.

Filipe Malafaia Cerqueira disse...

Lindo texto, Té! Minha mãe tem toda razão: você escreve muito melhor que eu! Feliz ano novo!!!

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